Concordância Verbal (Resumo)

Juliana Jenny Kolb

teste seu conhecimento

Home > Concursos > Questões de Concursos > Conhecimentos Gerais > Língua Portuguesa

facebook Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal (Resumo)

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.

Coletivo

Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer três circunstâncias:

1)  O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer restritivo: nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
Exemplos:

• A multidão invadiu o campo após o jogo.

• O bando sobrevoou a cidade.

• A maioria está contra as medidas do governo.

 2) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural:nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Exemplos:

• A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.

• O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

• A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.

3) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de restritivo, e se encontra distante do verbo: nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Exemplos:

• A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.

• O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

• a maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo.

Um milhão, um bilhão, um trilhão:  com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
Exemplos:

• Um milhão de pessoas assistiu ao comício

• Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.

Mais de, menos de, cerca de…

Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente.
Exemplos:

• Mais de uma criança se machucou no brinquedo.

• Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.

• Cerca de duzentos mil reais foram surrupiados.

Quando “Mais de um” estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida, o verbo ficará no plural.
Exemplos:

• Mais de uma pessoa agrediram-se.

• Mais de um carro se entrechocaram.

• Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.

Nomes próprios no plural

Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento a que ele se refere:

A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.

Exemplos:

• Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.

• Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.

B) Se for nome de lugar – cidade, estado, país… – o verbo concordará com o artigo; caso não haja artigo, o verbo ficará no singular.

Exemplos:

• Os Estados Unidos comandam o mundo.

• Campinas fica em São Paulo.

• Os Andes cortam a América do Sul.

Se o nome de lugar possuir artigo, mas este, por alguma razão, não for utilizado, a concordância com o artigo permanecerá sendo a regra, ou seja, o verbo continuará concordando com o artigo.

Exemplo:

• EUA vencem o México na oitavas de final da Copa do Mundo.

Qual de nós / Quais de nós

Quando o sujeito contiver as expressões …de nós, …de vós ou …de vocês, deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:

A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada um, alguém, algum…), o verbo deverá ficar no singular.

Exemplos:

• Quem de nós irá conseguir o intento?

• Quem de vós trará o que pedi?

• Cada um de vocês deve ser responsável por seu material.

B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns, muitos…), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com o pronome nós ou vós.

Exemplos:

• Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?

• Quais de vós trarão / trareis o que pedi?

• Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.

Sujeito sendo pronome relativo

Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o seguinte:

A) Pronome Relativo “que”: 0 verbo concordará com o elemento antecedente. Exemplos:

• Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)

• Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você)

• Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram expulsos)

B) Pronome Demonstrativo “o, a, os, as + Pronome Relativo que”: o verbo concordará com o pronome demonstrativo, ficando, então, na terceira pessoa do singular, ou na terceira pessoa do plural.

Exemplos:

• Fui eu o que quebrou a vidraça. (O que quebrou a vidraça fui eu)

• Foste tu a que me enganou. (A que me enganou foste tu)

• Fomos nós os que telefonaram a você. (Os que telefonaram a você fomos nós)

• Fostes vós os que me engaram. (Os que me engaram fostes vós)

C) Pronome Relativo “quem”: o verbo ficará na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

• Fui eu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fui eu)

• Foste tu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foste tu)

• Foi ele quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foi ele)

• Fomos nós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fomos nós)

• Fostes vós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fostes vós)

• Foram eles quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foram eles)

Um dos … que

Quando o sujeito for iniciado pela expressão “Um dos que”, deveremos analisar o seguinte:

A) É certo que o elemento é o único a praticar a ação: o verbo ficará no singular. Por exemplo, a frase O Corinthians é um dos times paulistas que mais vezes foi campeão estadual tem o verbo no singular, pois é certo que, dos times de São Paulo, o Corinthians foi mais vezes campeão – 24 vezes.

B) É certo que o elemento não é o único a praticar a ação: o verbo ficará no plural. Por exemplo, a frase Casagrande é um dos ex-jogadores de futebol que trabalham como comentarista esportivo tem o verbo no plural, pois é certo que, além de Casagrande, há outros ex-jogadores de futebol, trabalhando como comentarista esportivo – Falcão, Júnior, Tostão, Rivelino…

C) Não se sabe se o elemento é o único a praticar a ação ou não: o verbo tanto poderá ficar no plural, quanto no singular. Por exemplo, a frase São Paulo é uma das cidades que mais sofre / sofrem com a poluição é facultativo, pois não há como medir se São Paulo é a que mais sofre, ou se, além dela, há outras que sofrem tanto. Outra explicação também é a questão de se querer dar ênfase ao elemento: se se quiser enfatizar o problema em São Paulo, coloca-se o verbo no singular.

Nenhum dos … Que

Quando o sujeito for iniciado pela expressão Nenhum dos que, o primeiro verbo ficará no plural, e o segundo, no singular.

Exemplos:

• Nenhum dos alunos que me procuraram trouxe o material.

• Nenhuma das pessoas que chegaram atrasadas tem justificativa.

Porcentagem + Substantivo

Quando o sujeito for formado por porcentagem e substantivo, existirão três regras:

A) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da porcentagem: facultativamente o verbo poderá concordar com a porcentagem ou com o substantivo.

Exemplos:

• 1% da turma estuda muito.

• 1% dos alunos estuda / estudam muito.

• 10% da turma estuda / estudam muito.

• 10% dos alunos estudam muito.

B) Porcentagem + Substantivo, com modificador da porcentagem: o verbo concordará com o modificador, que pode ser pronome demonstrativo, pronome possessivo, artigo…

Exemplos:

• Os 10% da turma estudam muito.

• Este 1% dos alunos estuda mais.

C) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da porcentagem: o verbo concordará apenas com a porcentagem.

Exemplos:

• Mais de 1% dos alunos estuda muito.

• Menos de 10% da turma estudam muito.

Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento são pronomes de terceira pessoa, portanto tudo que se referir a eles deverá estar na terceira pessoa.

Exemplos:

• Vossa Senhoria deve trazer seus documentos consigo.

• Vossa Excelência tem que se contentar com seus assessores.

Silepse de Pessoa

Também chamada de concordância ideológica, a silepse de pessoa é a concordância, não com a palavra escrita, mas sim com o que ela significa. Por exemplo, nós somos brasileiros, portanto, ao utilizarmos a palavra brasileiros, poderemos concordar o verbo com a ideia que essa palavra nos evoca – nós – e dizer Os brasileiros estamos torcendo pelo sucesso do Presidente.

Exemplos:

• Os professores nos reciclamos anualmente. (Nós nos reciclamos)

• Os alunos deveis estudar mais. (Vós deveis)

Núcleos ligados pela conjunção “e”

A) Verbo após os núcleos: ficará no plural o verbo que estiver após o sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção “e”:

Exemplos:

• O hotel e a cidade são maravilhosos.

• Machado de Assis e Guimarães Rosa estão entre os melhores escritores do mundo.

Quando os núcleos forem sinônimos (+) ou estiverem formando gradação, o verbo deverá ficar no singular.

Exemplos:

• “A lisura e a sinceridade freqüenta pouco o Congresso Nacional.” lisura = sinceridade.

• “Cada rosto, cada voz, cada corpo lhe lembrava a amada.”

• “Um olhar, um arquejar de sobrancelhas, um aceno com a cabeça bastava para a paquera ser bem sucedida.”

B) Verbo antes dos núcleos: facultativamente ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo o verbo que estiver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção “e”.

Exemplos:

• É maravilhoso o hotel e a cidade.

• São maravilhosos o hotel e a cidade.

• É maravilhosa a cidade e o hotel.

Sujeito composto por pessoas diferentes

Se o sujeito for formado por pessoas diferentes (eu, tu, ele, ela ou você), o verbo ficará no plural, concordando com a pessoa de número mais baixo na seqüência (1ª, 2ª ou 3ª).
Não havendo a 1ª pessoa (eu ou ), e havendo a 2ª pessoa (tu ou vós), o verbo tanto poderá ficar na 2ª pessoa do plural, quanto na 3ª pessoa do plural.
Continuam valendo as regras anteriores, ou seja, se o verbo vier depois do sujeito composto, ficará no plural; se vier antes, concordará com o mais próximo ou ficará no plural.

Exemplos:

• Teté e eu passamos as férias em Águas de Santa Bárbara.

• Passei as férias em Águas de Santa Bárbara eu e Teté.

• Passamos as férias em Águas de Santa Bárbara eu e Teté.

• Tu e Walmor estais equivocados.

• Tu e Walmor estão equivocados.

• Estás equivocado tu e Walmor.

• Estais equivocados tu e Walmor.

• Estão equivocados tu e Walmor.

Núcleos ligados pela conjunção “ou”

Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados pela conjunção ou, deve-se analisar se há ou não exclusão, ou seja, analisar se um elemento, ao praticar a ação, impede que o outro também a pratique.

A) Havendo ideia de exclusão: quando houver um elemento praticando a ação e, com isso, impedindo que o outro também a pratique, o verbo ficará no singular.

Exemplos:

• Dida ou Marcos será o goleiro titular da seleção.

• O Presidente ou o Governador fará o discurso de abertura do Congresso.

B) Não havendo ideia de exclusão: quando não houver um elemento praticando a ação e, com isso, impedindo que o outro também a pratique, o verbo ficará no plural.

Exemplos:

• Dida ou Marcos poderão ser convocados para a Copa de 2002.

• O Presidente ou o Governador estarão presentes na abertura do Congresso.

Núcleos ligados pela preposição “com”

A) Verbo após os núcleos: facultativamente ficará no plural ou concordará com o primeiro núcleo o verbo que estiver após o sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela preposição com.

Exemplos:

• O gerente com os funcionários dará início à promoção de descontos.

• O gerente com os funcionários darão início à promoção de descontos.

B) Verbo antes dos núcleos: concordará com o núcleo mais próximo o verbo que estiver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela preposição com.

Exemplo:

• Dará início à promoção de descontos o gerente com os funcionários.

Aposto resumidor / conectivos correlatos

O Aposto resumidor é normalmente representado por pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, alguém, todos…) ou por pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo…), resumindo o sujeito composto. O verbo, excepcionalmente, concordará com o aposto resumidor.

Exemplos:

• Brinquedos, roupas, jogos, nada tirava a angústia daquele jovem.

• Amigos, parentes, companheiros de trabalho, ninguém se incomodou com sua ausência.

Quando o sujeito composto tem os elementos ligados por conectivos correlatos: assim … como, não só … mas também, tanto … como, nem … nem, o verbo ficará no plural. O singular é raro.

Exemplos:

• Tanto o irmão como a esposa ignoraram seu pedido de ajuda.

• Não só Pedro mas também Eduardo estão à sua procura.

Um e outro / um ou outro / nem um nem outro

A) Um e outro: quando o sujeito for a expressão um e outro, o substantivo correspondente a ela ficará no singular, o adjetivo no plural e o verbo facultativamente no singular ou no plural.
Exemplos:

• Um e outro aluno indisciplinados será punido.

• Um e outro aluno indisciplinados serão punidos.

B) Um ou outro: quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo ficará no singular.

Exemplo:

• Um ou outro esteve à sua procura.

C) Nem um nem outro: quando o sujeito for a expressão nem um nem outro, o verbo ficará no singular, porém há gramáticos que o admitem no plural.

Exemplos:

• Nem um nem outro terá coragem de se revelar.

• “Nem um nem outro compareceram.”(Carlos Góis)

Verbos Especiais

01) O verbo Ser:

A) Quando o verbo ser e o predicativo do sujeito forem numericamente diferentes (um no singular, outro no plural), o verbo deverá ficar no plural.

Exemplos:

• O vestibular são as esperanças dos estudantes.

• Tudo são flores, quando se é criança.

B) Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.

Exemplos:

• Aline é as alegrias do namorado.

• O Presidente é as esperanças do povo brasileiro.

C) Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicativo do sujeito, palavra ou expressão como muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo ficará no singular.

Exemplos:

• Cem reais é muito, por esse produto.

• Duzentos gramas de carne é pouco.

D) Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concordará com o numeral.

Exemplos:

• Era meio-dia, quando ele chegou.

• São duas horas.

• É 1h58min.

E) Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular, concordando com a palavra dia, ou no plural, concordando com a palavra dias.

Exemplos:

• É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro dia de outubro.

• É 15 de setembro = É dia quinze de setembro.

• São 15 de setembro = São quinze dias de setembro.

02) O verbo Haver:

O verbo haver é impessoal, no sentido de existir, de acontecer ou indicando tempo decorrido; por isso fica na 3ª pessoa do singular – caso esteja acompanhado de um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o sujeito.

Exemplos:

• Havia um mês, nós estávamos à sua procura.

• Poderá haver confrontos entre os policiais e os grevistas.

• Os alunos haviam ficado revoltados.

Haja vista:

A) Com a prep. a: haver no singular; vista invariável;

Exemplos:

• Haja vista ao exemplo dado.

• Haja vista aos exemplos dados.

B) Sem a preposição a: haver no singular ou concorda com o substantivo; vista invariável.

Exemplos:

• Haja vista o exemplo dado.

• Haja vista os exemplos dados.

• Hajam vista os exemplos dados.

03) O verbo Fazer:

O verbo fazer é impessoal, indicando tempo decorrido e fenômeno natural; por isso fica na 3ª pessoa do singular – caso esteja acompanhado de um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o sujeito.

Exemplos:

• Faz três meses que não o vejo.

• Faz 35º no verão, em Londrina.

• Deve fazer cinco anos que ele morreu.

04) Outros verbos impessoais:

Os outros verbos impessoais, que também ficam na terceira pessoa do singular, são os seguintes:

A) Fenômenos da natureza:

• Chove há três dias sem parar.

• Choveram pedras. Nesse caso, o verbo não é impessoal, pois o sujeito está claro.

B) Passar de, indicando horas:

• Já passa das 11h30.

• Já passava das oito horas, quando ela chegou.

C) Chegar de e bastar de, no imperativo:

• Chega de firulas! Vamos ao assunto.

• Basta de conversas, meninos!

05) Os verbos Dar, Bater e Soar:

Concordam com o sujeito, que pode ser:

A) o relógio, a torre, o sino…

Exemplos:

• O relógio deu quatro horas.

• O sino soou cinco horas.

B) as horas: o numeral que marca as horas funcionará como sujeito, quando o relógio, a torre, o sino funcionarem como adjunto adverbial de lugar – com a preposição em, ou quando eles não aparecerem na oração.

Exemplos:

• No relógio, deram quatro horas.

• No sino, soaram cinco horas.

• Bateram sete horas.

06) O verbo Parecer + infinitivo:

Quando o verbo parecer surgir antes de outro verbo no infinitivo, duas ocorrências podem acontecer:

A) Pode ocorrer a formação de uma locução verbal. Nesse caso, o verbo parecer concordará com o sujeito, e o verbo no infinitivo ficará invariável.

Exemplos:

• As meninas parecem estar nervosas.

• Os alunos parecem estudar deveras.

B) Pode ocorrer a formação de um período composto, com o verbo parecer na oração principal, invariável, e o verbo no infinitivo, formando oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, concordando com o sujeito.

Exemplos:

• As meninas parece estarem nervosas.

• Os alunos parece estudarem deveras.

Nesses dois casos, se desenvolvermos as orações, teremos:

• Parece as meninas estarem nervosas. Proveio de Parece que as meninas estão nervosas.

• Parece os alunos estudarem deveras. Proveio de Parece que os alunos estudam deveras.

07) A Partícula Apassivadora:

O verbo na voz passiva sintética, construída com o pronome se, concorda normalmente com o sujeito. A maneira mais fácil de se comprovar que a oração está na voz passiva sintética é passando-a para a voz passiva analítica: Alugam-se casas muda para Casas são alugadas. Sempre que for possível essa transformação, o se será chamado de Partícula Apassivadora.

Exemplos:

• Entregam-se encomendas. = Encomendas são entregues por alguém.

• Ouviram-se muitas histórias. = Muitas histórias foram ouvidas.

• Sabe-se que ele não virá. = Que ele não virá é sabido.

08) O Índice de Indeterminação do Sujeito:

Exemplos:

• Morre-se de fome no Brasil.

• Assiste-se a filmes interessantes.

• Aqui se está satisfeito.

• Respeita-se a Robertoldo.

 

Deixe uma resposta