Juliana Jenny Kolb
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Ciclo de Vida da Implementação COBIT 5
O ciclo de vida da implementação apresenta uma forma das organizações usarem o COBIT para tratar da complexidade e os desafios geralmente encontrados durante as implementações. Os três componentes inter-relacionados do ciclo de vida são:
1. Ciclo de vida principal de melhoria contínua – Este não é um projeto isolado.
2. Capacitação da mudança – Abordagem dos aspectos comportamentais e culturais
3. Gestão do programa
Como já discutido, o ambiente adequado deve ser criado para garantir o sucesso da implementação ou da iniciativa de melhoria. O ciclo de vida e suas sete fases são ilustrados na figura 1.
Figura 1: O ciclo de vida da implementação COBIT5
Fonte: ISACA (2012)
A 1ª Fase começa com o reconhecimento e aceitação da necessidade de uma implementação ou iniciativa de implementação (estudo de caso pode ser elaborado). Ela identifica os atuais pontos fracos e desencadeadores e cria um desejo de mudança nos níveis de gestão executiva.
A 2ª Fase concentra-se na definição do escopo da implementação ou da iniciativa de implementação usando o mapeamento dos objetivos corporativos do COBIT em objetivos de TI e nos respectivos processos de TI, e considerando também como os cenários de risco poderiam destacar quais os principais processos que se deve concentrar. Diagnósticos de alto nível também podem ser úteis para definir o escopo e compreender as áreas com alta prioridade que se deve concentrar. Uma avaliação do estado atual é então realizada, e os problemas ou deficiências são identificados realizando-se uma avaliação da capacidade do processo. Iniciativas em larga escala devem ser estruturadas como múltiplas interações do ciclo de vida – para qualquer iniciativa de implementação superior a seis meses há um risco de perda da dinâmica, foco e adesão das partes interessadas.
Durante a 3ª Fase, uma meta de melhoria é definida, seguida por uma análise mais detalhada, que alavanca a orientação do COBIT, a fim de identificar falhas e possíveis soluções. Algumas soluções podem apresentar resultados rápidos enquanto outras poderão exigir atividades mais desafiadoras em um prazo maior. Prioridade deve ser dada às iniciativas mais fáceis de alcançar e que provavelmente produzirão os melhores benefícios.
A 4ª Fase planeja soluções práticas através da definição de projetos apoiados por estudos de casos justificáveis. Um plano de mudança para a implementação também é desenvolvido nesta fase. Um estudo de caso bem desenvolvido ajuda a garantir que os benefícios do projeto sejam identificados e monitorados.
As soluções propostas são implementadas na forma de práticas diárias na 5ª Fase. Medições podem ser definidas e o monitoramento estabelecido com o uso das metas e indicadores do COBIT para garantir que o alinhamento da organização seja atingido e mantido e o desempenho possa ser medido. O sucesso exige demonstração de envolvimento e empenho pela alta administração, bem como a responsabilidade dos envolvidos das áreas de TI e de administração.
A 6ª Fase concentra-se na operação sustentável dos habilitadores novos ou aperfeiçoados e no monitoramento do atingimento dos benefícios esperados.
Durante a 7ª Fase, o sucesso da iniciativa como um todo é analisado, novos requisitos para a governança ou gestão de TI da organização são identificados e a necessidade de melhoria contínua é reforçada.
Com o tempo, o ciclo de vida deve ser seguido de forma interativa paralelamente à criação de uma abordagem sustentável para a governança e gestão de TI da organização.
Referência Bibliográfica
IT Governance Institute. COBIT 5: Enabling Process. ISACA. 2012.
IT Governance Institute. COBIT 5: A Business Framework for the Governance and Management of Enterprise IT. ISACA. 2012.