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Desenvolvimento Adaptativo de Software (DAS)
O DAS ou Adaptative Software Development (ASD) foi proposto por Jem Highsmith (2000) como uma técnica para construção de sistemas de softwares complexos. O apoio filosófico do DAS concentra-se na colaboração humana e na auto-organização da equipe.
Highsmith argumenta que uma abordagem de desenvolvimento ágil, adaptativa, baseada em colaboração é “tanto uma fonte de ordem em nossas interações complexas quanto a disciplina e a engenharia”. Ele define um ciclo de vida DAS, apresentado na figura 1, que incorpora três fazes:
- especulação: durante a especulação, o projeto é iniciado e o planejamento do ciclo adaptativo é conduzido. Planejamento do ciclo adaptativo usa informações de iniciação do projeto (declaração de missão feita pelo cliente, restrições do projeto e requisitos básicos) para definir o conjunto de ciclos de versão que serão necessários para o projeto;
- colaboração: pessoal motivado trabalha junto de um modo que multiplica seus talentos e resultados criativos, além de seu número absoluto. Essa abordagem colaborativa é um tema recorrente em todos os métodos ágeis. Mas a colaboração não é fácil. Ela não é apenas comunicação, embora a comunicação faça parte dela. Ela não é somente uma questão da equipe de trabalho, apesar de que uma equipe aglutinada é essencial para que a colaboração realmente ocorra. Não é uma rejeição do individualismo, porque a criatividade individual desempenha um importante papel no raciocínio colaborativo. Ela é, acima de tudo, uma questão de confiança. Pessoas que trabalham juntas precisam confiar umas nas outras para:
- criticar sem animosidade;
- ajudar sem ressentimento;
- trabalhar tão duro ou mais duro do que costumam;
- ter o conjunto de habilidades para contribuir com o trabalho em mãos;
- comunicar problemas e/ou preocupações de um modo que conduza à ação efetiva ;
- aprendizado: à medida que os membros de uma equipe DAS começam a desenvolver os componentes que fazem parte de um ciclo adaptativo, a ênfase está tanto no aprendizado quanto no progresso em direção a um ciclo completo. As equipes de DAS aprendem de três modos:
- foco nos grupo: o cliente/usuário fornecem feedback sobre os incrementos desoftware que são entregues, indicando se o produto está ou não satisfazendo às necessidades do negócio;
- revisões técnicas formais: os membros da equipe DAS revisam os componentes desoftware que são desenvolvidos, aperfeiçoando a qualidade e aprendendo à medida que prosseguem;
- pós-conclusão: a equipe DAS torna-se introspectiva, cuidando do seu próprio desempenho e processo (com a intenção de aprender e depois aperfeiçoar a sua abordagem).
É importante notar que a filosofia DAS tem mérito independentemente do modelo de processo que é usado. A ênfase global do DAS na dinâmica de equipes auto-organizadas, na colaboração interpessoal e no aprendizado individual e em equipe produz equipes de projeto de software com uma probabilidade de sucesso muito maior.
Figura 1: Ciclo de vida DAS.
Fonte: PRESSMAN(2012).
Referência Bibliográfica
PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software, Sexta Edição. Editora MCGrawHill: Porto Alegre, 2010.