Tipos de firewall – Filtragem de pacotes (packet filtering) 

Juliana Jenny Kolb

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Tipos de firewall – Filtragem de pacotes (packet filtering) 

As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em filtragem de pacotes de dados (packet filtering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça um nível de segurança significativo.

Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito, como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de log.

A transmissão dos dados é feita com base no padrão TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), que é organizado em camadas. A filtragem normalmente se limita às camadas de rede (3) e de transporte (4): a primeira é onde ocorre o endereçamento dos equipamentos que fazem parte da rede e processos de roteamento, por exemplo; a segunda é onde estão os protocolos que permitem o tráfego de dados, como o TCP e o UDP (User Datagram Protocol).

Com base nisso, um firewall de filtragem pode ter, por exemplo, uma regra que permita todo o tráfego da rede local que utilize a porta UDP 123, assim como ter uma política que bloqueia qualquer acesso da rede local por meio da porta TCP 25.

Filtragens estática (stateless) e dinâmica (stateful)

É possível encontrar dois tipos de firewall de filtragem de pacotes. O primeiro utiliza o que é conhecido como filtros estáticos, enquanto que o segundo é um pouco mais evoluído, utilizando filtros dinâmicos.

Na filtragem estática (stateless), os dados são bloqueados ou liberados meramente com base nas regras, não importando a ligação que cada pacote tem com outro. A princípio, esta abordagem não é um problema, mas determinados serviços ou aplicativos podem depender de respostas ou requisições específicas para iniciar e manter a transmissão. É possível então que os filtros contenham regras que permitem o tráfego destes serviços, mas ao mesmo tempo bloqueiem as respostas/requisições necessárias, impedindo a execução da tarefa. Reconhecer a cada requisição como uma nova conexão.

Esta situação é capaz de ocasionar um sério enfraquecimento da segurança, uma vez que um administrador poderia se ver obrigado a criar regras menos rígidas para evitar que os serviços sejam impedidos de trabalhar, aumentando os riscos de o firewall não filtrar pacotes que deveriam ser, de fato, bloqueados.

A filtragem dinâmica (statefull surgiu para superar as limitações dos filtros estáticos. Nesta categoria, os filtros consideram o contexto em que os pacotes estão inseridos para “criar” regras que se adaptam ao cenário, permitindo que determinados pacotes trafeguem, mas somente quando necessário e durante o período correspondente. Desta forma, as chances de respostas de serviços serem barradas, por exemplo, cai consideravelmente.

Sites de Referência

https://www.infowester.com

 

 

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