Compartilhando | História e Geografia – Primavera do Leste

Juliana Jenny Kolb

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História e Geografia – Primavera do Leste – MT

CARACTERIZAÇÃO

Criação: 13 de maio de 1986 (Lei 5.014 – D.O. Estado-MT).
Localização: Centro-Oeste do Brasil – Região Sudeste Matogrossense e a Leste de Cuiabá-MT.
Microrregião 364 – Médio Araguaia.
Código IBGE– 5107040.
Código INCRA– 906.115.
Código ARRECADAÇÃO– 207.004.
Longitude: 54º 17’41,8” Wgr.
Latitude: 15º 33’45” S.
Altitude: 636m.
Área Preliminar: 5.482,065 Km2.

Densidade Demográfica: 9,52 hab./km2.
Distância da Capital – 230 km.
Distância da Capital em Linha Reta – 192 Km.
Distância da Capital Federal – Brasília-DF – 900 Km.
População estimada 2016: 58.370.

Gentílico: Primaverense.

Limites:

Norte: Paranatinga, Nova Brasilândia, Planalto da Serra;
Sul: Poxoréo;
Leste: Poxoréo e Santo Antônio do Leste;
Oeste: Campo Verde e Poxoréo.

Taxa de Urbanização – 60%.
Região de: Planície, com 45% de relevo ondulado e 55% de relevo plano.
Solo: Arenoso e Calcário.

Classes predominantes:
– Latossolo Vermelho Amarelo (LV) – 64%
– Latossolo Vermelho Escuro (LE) – 15%
– Areias Quartzosas Álicas (AQ) – 20%
– Hidromórfico – 1%

Vegetação: Cerrados, apresentando manchas de matas nas cabeceiras dos rios.
Clima: TROPICAL com temperatura média variando de 18ºC a 24ºC, com temperatura mínima oscilando entre 10ºC e 19ºC e a temperatura máxima variando entre 29ºC e 34ºC.

Precipitação Pluviométrica é em torno de 1.560mm/ano, variando de 5mm a 300mm como média mensal, sendo abundante no verão entre Outubro à Abril com o inverno Seco de Maio à Agosto.

Umidade Relativa do Ar tem a média variando de 65% a 87%.
Hidrografia: Os rios que banham Primavera do Leste são:

Rio das Mortes,
Rio Sapé,
Rio Várzea Grande,
Rio Cumbuco,
Rio Café,
Ribeirão Coité,
Rio dos Perdidos,
Córrego Xavante,
Córrego Chimbica,
Cabeceira do Mário e
Córrego Fundo.

Procedência de Migrantes: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Goiás.

ASPECTOS HISTÓRICOS

Etimologia

Primavera: vem do latim = primum + ver (a passagem de “ver” a “vera” deve-se a influência do “a ela”; idade, época); prima + ver já se encontra sob a forma de primaver no latim do século IV; também pode ser nome de arbusto que dá flores de diversas cores.

Sentido figurado – mocidade, juventude.

Leste: S. M. = ponto cardeal = este = nascente = oriente = levante. Do francês lest. Do latim aurora. Do grego:éòs.

Origem Histórica

A história do nosso Município remonta épocas dos Bandeirantes, que pela
nossa região passavam à procura de riquezas minerais. Conta-se que em 1673, aqui passou um Bandeirante vindo do Mato Grosso do Sul, subindo o Morro de São Jerônimo, chegando a Cuiabá e passou pelo Rio das Mortes.

Em 1906 o Presidente Afonso Pena decidiu construir a Estrada de Cuiabá à
Porto Velho. Mas foi em 1912 que surgiu o primeiro traçado, resultado da demarcação da primeira rede telegráfica na região, realizada pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, ligando Vilhena a Cuiabá. Desse trabalho resultou também a linha telegráfica, ligando Cuiabá à Barra do Garças, passando pela cidade de Primavera do Leste.

Em 1940 o Presidente Getúlio Vargas falava da marcha para o oeste. A Carta
de 1946 institucionalizou o plano de valorização econômica da Amazônia. A ocupação, de fato, da Amazônia Legal se deu após a decisão do Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira de interiorizar a Capital Federal, criando Brasília.

Com a criação da SUDAM, no Governo do Presidente Castelo Branco,
realmente define-se a ocupação racional e produtiva da Amazônia. Assim, o Governo Federal conclama a ocupação da Amazônia Legal.

Atraídos pelo incentivo do Governo Federal, ao desenvolvimento do cerrado,
através do Pró-Terra, Pólo Centro, vários nomes ilustres lutam para o surgimento e desenvolvimento desta cidade progressista.

Uma das pessoas mais antigas que se tem notícias que morou por aqui foi a
senhora Joana, que naquele tempo era apenas conhecida como Velha Joana, e que por muitos anos habitou a referida região, morando às margens do córrego que leva seu nome, mas precisamente onde hoje é a chácara n.º 75 do Parque Eldorado, onde encontra-se vestígios de seu antigo habitat, com mangueiras com mais de 60 anos de idade, época em que contam que a
Velha Joana por ali apareceu e residiu por mais de 30 anos. Diziam ser uma pessoa determinada, valente e corajosa. Contam que faleceu por volta de 1955, não chegando a ver a inauguração da BR 070, pois naquela época só existiam trilhas de boiadeiros, e a Velha Joana fazia seu abastecimento de mercadorias em Poxoréu e Cuiabá, em carro de boi, viagem que duravam mais de 30 dias. Ela está sepultada na referida chácara, sendo sua sepultura rodeada de palanques de aroeira, que permanecem intactos até o presente momento. Ela foi a primeira pessoa identificada e conhecida como a mais velha moradora da região. Por ser uma pessoa que vivia sozinha, não
deixou filhos ou parentes. Por causa disso, nossa cidade, ainda em 1961, era conhecida como Cabeceira da Velha Joana.

O Dr. SABINO ARIAS, foi o grande pioneiro quanto ao início das atividades
de exploração econômica da agricultura e da pecuária de Primavera do Leste. Convém informar que na época Dr. Sabino Arias era médico famoso no Rio Grande do Sul, na cidade de Passo Fundo. Embora pouco conhecesse de agricultura e de pecuária, acreditava ele que num futuro próximo os cerrados brasileiros se transformariam em grandes fontes de produção de alimentos.

Temos em nosso poder (Prefeitura) documentos que comprovam que a área de 10.000 hectares, situados no lugar denominado PROMISSÃO, município de Poxoréu (hoje parte da Fazenda Santa Adriana) foi adquirida em 07 de novembro de 1955 e registrada em 24 de julho de 1959 quando do início das atividades. O registro no Ministério da Agricultura somente aconteceu em 05.02.1963. Nessa época (início de 1963), Dr. Sabino mandou da cidade de Passo Fundo, 400 burros para a Fazenda (Granja Santa Adriana) e que caminharam 06 meses para chegarem ao destino. Estavam a frente das atividades rurais o “velho” Catu, o Sr. Otávio e o Sr. Santo.

Em 1965 o Dr. Sabino foi informado que estava ocorrendo nessa região uma
grave enfermidade dos bovinos chamada PESTE DE SECAR e já sabia Dr. Sabino tratar-se de deficiências da pastagem que poderiam ser resolvidas com o uso de sais minerais, prática adotada até hoje. Posteriormente, este problema foi amenizado através da correção do solo.

Foi o Dr. Sabino quem abriu os primeiros 30Km da atual rodovia MT 130. Em 1965 o Município de Poxoréu construiu uma ponte sobre o rio das Mortes, entre os rios Várzea Grande e Sapé, sob o comando do vereador Tarquínio, transformando os 30Km de estrada particular de acesso à Fazenda, em estrada Municipal, ficando a mesma distante 600 metros da
sede da Fazenda.

O Sr. João Basílio é considerado um dos moradores mais antigos de Primavera do Leste, falecido no dia 28 de março de 2007. Tendo vindo de Santana das Neves – Bahia em 1934, instalou-se em Alto Coité. Chegou em nossa região em 1961, na localidade conhecida como Cabeceira da Velha Joana, indo posteriormente residir na Fazenda Santa Adriana, hoje
uma das maiores do Município. Quando aqui se instalou, conta ele das grandes dificuldades que tiveram. Veio da Bahia, com sua família, chegando em Alto Coité em 1934. Vieram a pé, fazendo picadas e atravessando rios, trazendo as bagagens e os filhos pequenos carregados por jegues, pois a notícia que tinham é que o Estado de Mato Grosso era rico em diamantes.

Conta o Sr. João Basílio que vieram a convite de um compadre de seu pai, Sr. Everaldo Mendes, gastando 4 meses e 10 dias de viagem.

Vieram nessa época 06 famílias da Bahia, as quais segundo o Sr. João Basílio,
estão esparramadas por aí e muitos já morreram. Sr. Everaldo Mendes, João Borges, Velho João Preto e outros.

Quando o Sr. João Basílio aqui chegou, no entroncamento existia uma pensão que pertenceu ao Sr. Sebastião Nobre Dourado, que mais tarde vendeu para o Sr. José Euripes Pereira. Este em 12.01.1975 vendeu a pensão para o Sr. Adivino Castelli, o chamado Hotel Estrelado.

Nossa cidade era conhecida em 1961 por Cabeceira da Velha Joana, onde
existia uma tapera onde morou a família da Velha Joana. Era também chamada BR 070 e entroncamento da Bela Vista das Placas.

Em 1961, a atual rodovia BR 070 tinha seu leito desmatado até as margens do
Ribeirão Sapé. O pessoal que demandava o serviço ficou acampado na Fazenda Cachoeirinha, de propriedade da família do senhor João Pedro do Nascimento.

Em 1962 o Sr. Estoessel de Oliveira Naves principiou suas atividades na
região, local onde está situada a Fazenda Riva e o Jardim Riva. No ano seguinte, empreitou para o Sr. João Basílio a execução de uma grande cerca em sua propriedade.

No ano de 1968, vindo do Rio Grande do Sul, o Sr. Lindolfo e Edemar
Trampusch, iniciavam a abertura da segunda Fazenda nestas paragens. A Fazenda do Sr. Meno Koln. Um ano depois o Sr. Lindolfo trouxe a família.
Também em 1968 iniciavam suas atividades, ao longo da rodovia MT 130, um
grupo de empresários paulistas, desenvolvendo o projeto Fazenda Volta Grande, de propriedade do grupo Campiglia. Os sócios eram Hélio Pires de Oliveira Dias, Milton Jingio Paes de Almeida e Américo Osvaldo Campiglia. O diretor gerente era Manoel Arcanjo Dama Filho.

Nessa mesma estrada estavam Frederico José Thimóteo – da Fazenda Primavera, Wilson e Armindo, de Itapira/SP – da Fazenda Iberê, a família de Taufic Miguel Chedick – da Fazenda Santa Luziae Geraldo – da Fazenda Luciana. Neste mesmo período a Fazenda Passo Fundo, do grupo Yoschpe, inicia suas atividades, dirigida por Artur Maister.

A partir de 1970 a expressão Integração Nacional toma vulto e os empresários de todo o Brasil mobilizam grandes somas de recursos para a abertura e implantação de projetos na Amazônia Legal.

Em meados de 1970 os Srs. Paulo Cosentino e José Guilherme e sua esposa,
Dona Nenê, fixaram residência às margens do Rio Cumbuco. Foram pioneiros e deram início ao Projeto da Agropecuária Primavera D’Oeste, juntamente com o Engº. Paulo Cosentino Filho e Dr. José Abílio Silveira Cosentino.

Em 1971, um grupo de empresários paulistas chegam a BR 070 e dão início a
um projeto agropecuário pela SUDAM. Com um corpo técnico incorporando tecnologia moderna, assenta-se o Projeto da Fazenda Primavera, surgindo assim a empresa Primavera D’Oeste S.A., composta pelos sócios Dr. André Beer, Dr. Luiz Eulálio Bueno Vidigal Filho, Dr.

Edgard Cosentino, Pedro Botelho, Mário Cordeiro de Menezes, o norte-americano James Watus Júnior e o proprietário da fazenda, Sr. Frederico José Themóteo.

Começa nesse período o intercâmbio maior entre Paranatinga, Poxoréu e
Rondonópolis. Viabiliza-se a atividade agropecuária empresarial dos cerrados da região. Estradas foram abertas e ficou provado que o cerrado realmente era a grande opção para a agricultura brasileira. Surge então uma nova fronteira agrícola, com um futuro promissor para a região e para o país.

No dia 19 de fevereiro de 1971, o Sr. Florindo Gasparotto e sua esposa Angela
Coloniedo Gasparotto, chegaram na BR 070, se hospedaram numa pensão pertencente ao Sr. Sebastião Nobre Dourado, coberta de folhas de buriti (atual quadra 1, lote 4 – Parque Castelândia I). Abriram a Fazenda Santa Ângela e iniciaram a plantação de arroz. A área adquirida por Florindo Gasparotto, pertencia a Arlindo Torneli e Outros, local onde hoje esta localizado o Loteamento Parque Eldorado da Imobiliária FG Ltda. Na época o Sr. João Basílio era o único morador da referida área, pois era a pessoa que tomava conta para a família Torneli. Parte da referida fazenda pertence hoje a Paulo Nicodemos Gasparotto, denominada Fazenda Velha Joana, em homenagem a velha Joana.

Em 1972 um grupo empresarial do Estado do Paraná iniciou a abertura da Fazenda Brasholanda, com um projeto da SUDAM. Seus proprietários, Hans Bruinjé e Henrique Horst Hoentrup fixaram-se em dois quartos da pensão do Sr. João Baiano.

Em 1972 foi criada uma patrulha que consertava as estradas do interior. Essa
patrulha era formada pelas Fazendas Passo Fundo, Volta Grande e Agropecuária Primavera do Oeste S/A.

Em 1972, o Dr. Edgard Cosentino adquiriu as terras da Fazenda Nova
Esperança. Os primeiros 1.100 hectares foram abertos em 1973. Parte desta área posteriormente, em 1978, foi transformada no Loteamento Cidade Primavera.

Em 1973 iniciam-se as atividades na Fazenda Gaspar de propriedade do Sr.
Gaspar e na Fazenda Terra Nova de propriedade do Sr. Eugênio Vergueiro Malheiros. Os Irmãos Daltroso adquiriram uma área e iniciaram suas atividades de plantio de arroz.

Nesse mesmo ano o Sr. Pavel Kusnetsov, juntamente com mais quatro amigos, saíram de Maracajú – MSpara conhecer a região do Amazonas. Na bagagem trouxeram um termômetro. Chegaram no postinho, entroncamento da BR 070 com MT 130, em meados de fevereiro. Pernoitando ali descobriram que a temperatura local caía muito à noite, tendo sido registrada a temperatura de 17º centígrados. A baixa temperatura noturna contribuiu em muito para que os mesmos adquirissem a Fazenda Massapé. O Sr. Nifodi Rijkoff e seus familiares vieram para a região em 1975. O Sr. Pavel e seus familiares instalaram-se em 1979.

Ainda em 1973, movidos pela curiosidade e pelo espírito desbravador, um grupo de gaúchos saíram da longínqua cidade de Frederico Westphalen – RS., para aqui deixarem a marca do progresso e do desenvolvimento. Faziam parte deste grupo, Adilson Cerutti, Darnes Egydio Cerutti que, anos mais tarde seria eleito o primeiro Prefeito da cidade, Onofre Dal Piva, Adão Donin e família, Irineu e Ítalo Borghetti. Nessa época os Srs. Darnes, Donin e Borghetti criaram uma sociedade para compra de terras.

Seguindo a trilha destes primeiros desbravadores, no ano de 1974, aqui
chegaram Adivino Castelli, Pedro, Lucilo e Jaime Locatelli, João Zelinski, Jorge Zenatti e família, Estácio Grozimenski e família, Darci Luiz Scopel, Antoninho Tomazi, Cláudio Mahl, Leônidas Otonelli e família, Wilson Daltrozo, Eugênio Foking, Jeová Copetti Viana, Antônio Zanuto Honosa, João Argenta, Ivo Dalla Nora, Júlio Buzato, Nelson Viccari, Família Luchese,
Antônio Santo Renosto e outros.

Ao abrir sua fazenda, o senhor Adivino Castelli encontrou, próximo ao Rio
Várzea Grande, durante a primeira lavrada para revolver a terra, uma espada usada pelos bandeirantes, com a inscrição C R U C I F I G I O.

Atraídos pelo mesmo fato e com o caminho já feito, vieram outras pessoas que também colaboraram com o desenvolvimento da cidade: Antoninho Ravanello, Avelino de Oliveira, Cesil Stefani, Nerci Antônio Mazzonetto, Família Marcon e Família Pazinatto.

Devido as distâncias e a quase completa falta de estradas na época, os
agricultores que aqui chegavam, encontravam muitas dificuldades para a compra de alimentos, remédios e combustíveis.

Partindo da existência de uma pequena e velha pensão, única construção da
época, que servia de dormitório, bar e restaurante, os valorosos pioneiros decidiram investir no local, em meio a um cerrado fechado e denso, acreditando piamente nas potencialidades e no futuro da região.

Em 1975, o Sr. Adivino Castelli, com seu estilo próprio, começa a enfrentar os
problemas e criar novos rumos comerciais. Comprou o bar e a pensão, mais tarde transformada no primeiro dormitório do local. Adquire também uma área 349 hectares de terras, pertencentes então, ao Sr. José Eurípedes Pereira. Constrói um galpão com as paredes de madeira roliça e cobertura de zinco. Nesse galpão foi depositada a primeira colheita de arroz recebida em
Primavera e também foi rezada a primeira missa da região pelo Pe. Geovani da Igreja Católica de Poxoréu e pelo Bispo Dom Camilo. Em fins de 1975, o Sr. Adevino trouxe para a região a primeira mulher gaúcha, a senhora Ilka Zimmermann, que veio para cozinhar na pensão. Pouco depois trouxe a família.

Participando deste processo de desenvolvimento e com intuito de amenizar a
situação precária das estradas de então, que dificultavam a aquisição de combustíveis, no ano de 1975, Darnes Egydio Cerutti e Adivino Castelli criam a empresa Comércio e Transportes de Petróleo Nossa Senhora Aparecida (sendo a primeira firma de Primavera do Leste registrada na JUCEMAT, em 05 de dezembro de 1975), instalando duas bombas de combustíveis, uma para óleo diesel e outra para gasolina, a poucos metros de onde hoje existe o Posto Barril, parte integrante de uma das maiores empresas primaverenses da atualidade.

A Agropecuária Primavera D’Oeste S.A., já consolidada, aliada as empresas
agropecuárias já existentes: Fazenda Santa Adriana, Passo Fundo, Volta Grande, Cidade Verde, Várzea Grande, polarizam os interesses desenvolvimentistas regionais.

Chegam na região, para fundar e estabelecer a Fazenda Santa Ernestina, o Sr.
Agnelo Rodrigues de Almeida e a professora aposentada D. Maria Teresa Freitas Hervella. O Sr. Agnelo, tenente reformado do exército, ex-combatente com medalha e diploma da campanha na Itália, é gaúcho de Lagoa Vermelha. Ambos foram pioneiros para além do Rio Cumbuco.

Ainda em 1975, chega a família Meyer. Os Srs. Valmor e Hilário Brescovisci
abrem fazenda. Os paulistas Plínio Vidigal Xavier da Silveira, juntamente com o Dr. Martins Afonso Xavier da Silveira Júnior e seu grupo adquirem a Agropecuária Volta Grande.

Contam, os primeiros moradores, que aqui vinham os índios Xavantes e que,
apesar de não falarem a mesma língua, conviviam pacificamente, nunca tendo sido maltratados por eles. Estes índios estavam sendo catequizados por padres de Cuiabá.

Em 1976, o Sr. Adevino Castelli construiu um barracão metálico e alugou para a CASEMAT receber as colheitas de arroz da região. Nesse barracão foi realizado o primeiro Baile do Choop animado pelo conjunto Danúbio Azul.
Neste mesmo ano, com a necessidade de escola, o Sr. Adivino Castelli doa ao
prefeito de Poxoréu um local e iniciam-se as atividades da Escola Municipal Monteiro Lobato (atual Quadra 3 Lote 3 Parque Castelândia I, escola esta onde mais tarde funcionou o primeiro Posto da Polícia Militar, e hoje não existe mais sua edificação), com 14 alunos. A primeira professora foi Marlei Entz. Em seguida, esta foi substituída pelos professores Natálio Kuntz do
Amaral, Jussara Denkil Silva, Ruth Rodrigues da Veiga e dando continuidade nesta árdua tarefa da educação, a esmerada Professora Alda Gawlinski Scopel. Hoje a escola localizada em outro local, leva o seu nome.

Nessa época, 1976, o Sr. Yoiti Tabata já estava comprando arroz dos
produtores da região, vindo a residir em Primavera somente em 1978.

Com o passar do tempo e o aumento gradativo da população do Entroncamento BR 070, também conhecida como Bela Vista das Placas, em 1977, os comerciantes Antoninho Ravanello, Avelino de Oliveira e Nerci Mazzonetto, instalaram um comércio de Secos e Molhados, Bar, Restaurante e Dormitório. Com o advento da cidade constroem o Supermercado
Santo Antônio.

Em 1978 chegaram os Srs. Luiz Comiram, Antônio Santo Renosto, Amado
Franco, a família Furlan, Ademir Augustinho Zanchi, Antônio Afonso Bressan e Jandir Zanchet.

A partir desta data o empresário, e um dos pioneiros, Dr. Edgard Cosentino,
começou a pensar em fazer uma cidade no entroncamento da BR 070 com a MT 130. Em 1978 o Dr. Itamar, diretor de operações da CEMAT, visitou a região e junto com o Sr. Edgard marcaram o local para a usina hidrelétrica. O projeto foi feito e as duas primeiras turbinas foram inauguradas em 06-12-1995. Em 1998 foram instaladas mais três turbinas e em 1999 mais duas
turbinas. As sete turbinas funcionam juntas apenas na época das cheias. Nos demais períodos do ano funcionam de quatro a cinco turbinas. Cada uma delas tem potência de 1160 kw. A Pequena Central Hidrelétrica de Primavera do Leste está no sistema integrado brasileiro.

Ainda em 1978, convicto do projeto que estava fazendo, o empresário Edgard
Cosentino, na época um jovem administrador da Fazenda Primavera D’Oeste S.A.,destacou a área de 205 hectares denominada Lote Santo Antônio, desmembrada da Fazenda Nova Esperança. Lote este que foi o marco inicial do Projeto “LOTEAMENTO CIDADE PRIMAVERA”, em homenagem a Fazenda que administrava, possuidora de muitos hectares de terras; e está devidamente registrado no documento de Inteiro Teor, às folhas 41 à 45, do livro nº 15 – A, em data de 20-09-78 e transcrito como título de Escritura Pública ao proprietário Edgard Cosentino sob nº 2/1293, conforme loteamento “Cidade Primavera” em 26-04-79, conforme reza documento do Cartório de Poxoréu, assinado pela Tabeliã Elza Fernandes Barbosa.

Em 09 de maio de 1978, o Dr. Edgard enviou uma carta ao Poder Executivo de Poxoréu, onde solicitava permissão para implantar um núcleo urbano no entroncamento da BR 070.

Em 26 de maio de 1978, a Câmara Municipal de Poxoréu aprovou e autorizou, por unanimidade de votos, a criação do núcleo urbano. A resposta oficial com a permissão foi enviada em 30 de maio do mesmo ano.

Em 19 de dezembro de 1978, a Prefeitura Municipal de Poxoréu enviou à
Construtora e Imobiliária Cosentino Ltda., um comunicado de que a Câmara Municipal, através da Resolução 32/78, de 24-11-78, isentava de impostos, por cinco anos, todo o Loteamento Cidade Primavera.

O projeto do loteamento foi aprovado pelo INCRA e recebeu certificado de
aprovação com data de 07 de janeiro de 1980. O nome do loteamento foi escolhido pela professora Lilian Maria Ometto Cosentino, esposa do Dr. Edgard.

Assim sendo, no início de 78, o empreendedor do núcleo urbano colocou uma
placa bem grande no entroncamento da BR 070 com MT 130, com os dizeres: núcleo urbano CIDADE PRIMAVERA brevemente neste local loteamento dotado de moderna infraestrutura.

Essa placa foi muito fotografada pelas pessoas que por ali passavam. Ainda em 78 iniciam-se as vendas dos lotes do Loteamento Cidade Primavera, tendo como primeiros corretores os Srs. Cyro Ravanello e José Luiz Frota.

Em 1979 iniciou-se a abertura das ruas e a instalação da rede elétrica. A
energia era fornecida por um motor gerador marca Scania. No início o fornecimento de energia era controlado por uma comissão de moradores, que também recebia dos demais moradores e pagava o diesel. Essa comissão também tinha o cortador oficial, Sr. Luiz Carlos Stump da Silva, para desligar a energia de quem não pagasse. Em 1981, apesar de ainda ser através de gerador, a energia passa a ser fornecida pela CEMAT.

Estando tudo pronto, lançou-se oficialmente o empreendimento “LOTEAMENTO CIDADE PRIMAVERA”, com data marco da fundação do núcleo o dia 26 de setembro de 1979. O projeto Cidade Primavera teve como arquiteto responsável o professor da UFMT, Dr. Antônio Carlos Cândia. O responsável técnico foi o engenheiro Francisco Braga dos Santos. A parte administrativa e coordenação do projeto, até sua aprovação final, foi feita pelo economista Marcos Martinelli. O Certificado de Aprovação de Loteamento foi expedido pelo INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em 17 de janeiro de 1980.

Em 1979 existia a residência do Sr. José Luiz Frota e família e o escritório de
vendas do Loteamento. Nesse mesmo ano o Sr. Mozart de Oliveira Melo construiu sua residência e o Bar com uma Cancha de Bocha, que ficava cheia de gente que vinham das fazendas da região.

As dificuldades eram grandes, falta de energia elétrica, falta de água, telefone,
enfim, tudo dependia de Rondonópolis ou Cuiabá. No início os pioneiros, para fazerem ligações DDD, tinham que se deslocar à Cuiabá. Posteriormente foi instalado DDD em Rondonópolis, mas as dificuldades continuavam, pois eram apenas dois aparelhos. Mais tarde foi instalado DDD em Poxoréo e o Sr. Darnes Egydio Cerutti adquiriu uma linha. A TELEMAT negou-se a instalar pois o mesmo iria cobrar dos demais usuários. Foi solicitada, então, a instalação de um Posto de Serviço o que ocorreu em 26-09-1981. Nesse mesmo dia foi festejada a elevação do Loteamento Cidade Primavera à Distrito. Ambos os eventos contaram com a presença do Governador do Estado, Sr. Frederico Campos.

Em 04-04-1980 foi rezada a primeira missa pelo padre Onesto Costa, no
Loteamento Cidade Primavera, sob o cruzeiro colocado onde mais tarde foi
construída a Igreja Matriz. Nessa época, os pioneiros formaram a primeira
diretoria da Igreja Católica, sendo seu presidente o Sr. Darnes Egydio Cerutti, juntamente com o Padre Onesto Costa. Construíram o Salão Paroquial e dependências que servem até os dias de hoje à Igreja e a comunidade em geral.

Em setembro de 1981, o Dr. Milton João Braff adquire, de forma parcelada, uma obra que estava parada, da Construtora Imobiliária Cosentino Ltda.Continuando a residir no Paraná, empreita esta obra à construtora. Essa obra, quando pronta, transformou-se no Hospital São Lucas, sendo
este o primeiro hospital de Primavera do Leste.

Ainda em 1982, antevendo as necessidades do Distrito de Primavera, o Sr.
Nelson Marcon constrói um prédio na esquina da Rua Blumenau com a Rua Piracicaba. Nesse prédio, em 1983, instalam-se a Exatoria e a Sub Prefeitura (em espaço cedido pelo Sr. Nelson) e em 1984 o Banco Bamerindus S/A..

Em 26 de fevereiro de 1983, os líderes de classe enviaram uma correspondência ao então Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Sr. Ubiratan Spineli, onde solicitavam uma infra estrutura básica. Foi solicitado, nesse documento, energia elétrica, exatoria, cartório, telefones, correio e rede de água e esgoto.

Nesse mesmo ano o prefeito Lindberg, de Poxoréo, instala no Distrito de Primavera a Sub-Prefeitura, que teve como funcionário titular o Sr. Carlos Albano Borghetti, Engenheiro Civil e como secretário o Sr. Ronaldo Secco.

No dia 12 de julho de 1983, Primavera do Leste teve a instalação da agência do Banco Itaú S.A., sendo a primeira agência Bancária a se instalar no município. Inaugurou com os seguintes funcionários: Rubens Rodrigues Rocha – Gerente, Aldenor Alves de Souza – Chefe de Serviço, Manoel de Souza Moraes – Chefe de Seção, Júnior César Anton – Escriturário, Suzana Riva – Escriturária e José Damaceno – Contínuo. Quem conseguiu a aprovação para a vinda do banco foi o então embaixador Roberto Campos.

O Sr. Adivino Castelli continuou com suas obras em benefício dos moradores
de Primavera do Leste, fundando em 1983 a Sociedade Recreativa Aquática e Beneficente Primavera, com piscina e clube.

Em 1984, é inaugurado o Cartório de Registro Civil que teve como primeiro
juiz de paz o Sr. Hilário Fracalossi e como escrivão o Sr. Orciole Alves Barbosa.

Em 1984 é autorizado, pela prefeitura de Poxoréo, o loteamento Parque
Castelândia. Para vender os imóveis, o SrAdivino Castelli abre a Imobiliária Castelândia Ltda.

No dia 12 de dezembro de 1984, o Banco Bamerindus do Brasil S.A., instalou-se em Primavera do Leste, com os seguintes funcionários: Jorge Francisco Mira – Gerente, Valdomiro– Chefe de Serviço, Elói Bauer de Mello – Escriturário, Inês Fernandes de Oliveira – Escriturária, Elisabeth Sefrim – Escriturária, Fátima Auxiliadora de Almeida – Escriturária, Rosana Lorenzzon – Escriturária, Giovani D’Jorge Anton – Escriturário, Agnaldo Montoro – Contínuo.

Em 1985, devido as necessidades do distrito, o Sr. Nelson instalou, no mesmo
prédio da Sub-Prefeitura, um Posto de Correios, que teve como primeira funcionária a Sra. Rita Marcon. O posto de correios funcionou até meados de 1986, quando a ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – assumiu os serviços. Nesse mesmo ano O Sr. Adivino Castelli construiu a Rodoviária Municipal, obra punjante que foi considerada a Segunda do Estado de Mato Grosso na época.

Ainda em 1985, depois de muito esforço, foram instalados os telefones. Para
que Primavera fosse o primeiro Distrito Matogrossense a ter telefones nas residências e no comércio, segundo informações da TELEMAT, foi necessário que os interessados em adquiri-los passassem uma procuração ao prefeito de Poxoréo, para que o mesmo os comprasse e depois este repassou outra procuração aos moradores do Distrito, pois a empresa que instalava os
mesmos não tratava diretamente com os adquirentes, apenas através da Prefeitura. A central foi inaugurada em 05 de outubro de 1985.

Para instalação dos telefones, existia uma cota mínima de 200 aparelhos a serem instalados. Como ainda eram poucos os moradores do Distrito, estes se reuniram e compraram as linhas, tendo casos de pessoas que adquiriram até 20 linhas e depois foram repassando às famílias e empresas que iam se instalando.

Nesse mesmo ano é criada, pela iniciativa do Dr. Mário Crema, a
APROTERRA, órgão que trabalhou em defesa dos fazendeiros da região do Projeto Itaquerê, quando da disputa de terras com os índios Xavantes,nessa época, os indígenas pretendiam reconquistar 42.150 hectares na margem esquerda do Rio das Mortes, área esta excluída dos limites por ocasião da demarcação da Reserva Indígena Sangradouro, pela FUNAI em 1972.

Como resultado dessa disputa de terras, em 02-09-1986, a FUNAI, através do seu presidente, Sr. Romero Jucá Filho, emite uma portaria desapropriando 11.660 hectares dos fazendeiros em favor dos índios.

Em 1986, com a emancipação político-administrativa, inicia-se uma nova era
para Primavera do Leste.

Após a emancipação política, Primavera do Leste cresce em ritmo acelerado,
despertando o interesse de novos migrantes, de todo o Brasil, que estão a procura de novos locais para se instalarem. A partir de então surgem obras públicas como:instalação do primeiro Posto de Saúde ainda em 1987; criação e instalação da Biblioteca Municipal Carlos Drummond de Andrade; instalação da Antena Repetidora da Globo, TVS, e Manchete; construção de escolas, pontes, postos de saúde e creches; instalação da Polícia Militar; asfaltamento urbano; construção da Praça Matriz, do Aeroporto Municipal Ernesto Ruaro, da Pista de Autocross, do Ginásio de Esportes Pianão, construção do prédio própria da biblioteca municipal; instalação da vaca mecânica; criação da Ação Social; transporte escolar; construção da sede própria do INDEA e da Polícia Militar; Pronto Socorro Municipal; UFMT, com o curso de Ciências Contábeis e posteriormente a construção da primeira parte do Campus Universitário de Primavera do Leste e implantação de novos cursos; construção do Estádio Municipal Antônio Santo Renosto; Estação Meteorológica; rede de Coleta e Tratamento de Esgoto; Central de Coleta e Prensagem de Embalagens Vazias Tríplice Lavadas de Agrotóxicos; laboratório de informática da Escola Mauro W. Weis e informatização das escolas municipais; Aterro Sanitário; vinda do linhão 138; programas de moradia.

Projetos particulares também muito contribuíram para o desenvolvimento do
município. A seguir destacaremos alguns.

Em 1989, o empresário Edgard Cosentino constrói, através do Projeto
PRONAR – Projeto Nacional de Armazenagem, uma unidade de armazenamento com capacidade de armazenar 54.500 toneladas de grãos, para dar incentivo e abrigar as safras da região. Tendo sido o primeiro PRONAR do Estado de Mato Grosso, foi aprovado no valor de, aproximadamente, um milhão e duzentos mil dólares. Deu um grande passo para o desenvolvimento da agricultura regional.

Em dezembro de 1994 foi fundada a APRIVITI – Associação Primaverense
dos Vitifruticultores, com 40 associados e com o apoio do então Secretário de Agricultura de Mato Grosso, Sr. Érico Piana Pinto Pereira, que trabalhou com afinco para dar respaldo financeiro dos recursos do F.C.O. Assim criou-se a primeira associação do estado com características frutícolas, com o objetivo de desenvolver projeto de vitifruticultura viável e que a uva possa ser uma alternativa de renda a mais na propriedade.
A APRIVITI atende aos municípios de Poxoréu, Dom Aquino, Novo São
Joaquim, Campo Verde, Barra do Garças, Jangada e principalmente Primavera do Leste.

Desenvolve trabalhos de nutrição, fotossanidade, fitotecnia e pós-colheita/comercialização. Está conveniada com instituições técnicas que prestam apoio às pesquisas e desenvolvimento técnológico, tais como:

UFMT – Faculdade de Agronomia, Dep. De Fitopatologia
Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá/São Vicente/MT
EMBRAPA/UVA E VINHO de Bento Gonçalves/RS e Jales/SP
Ministério da Agricultura
Escola Superior de Agricultura Purpan França (transferência de tecnologia)

Em 14 de novembro de 1995, o Sr. Frederico Wagner França Tanure inaugura
a Tamil Indústria e Comércio de Milho e Derivados Ltda.. Uma indústria moderna, com capacidade de armazenamento estático de 1.000.000 (um milhão) de sacas de milho, sorgo e milheto. Utiliza o sistema vertical de produção. A linha completa totaliza 22 subprodutos para consumo humano, com capacidade de 7.200 ton./mês. Com o melhor know-how, produz
também linha completa de ração animal, com capacidade de 5.000 ton./mês. Atualmente gera 250 empregos diretos e 1.000 indiretos. Conta com um moderno laboratório de experimentos alimentares, que tem como responsáveis um engenheiro de alimentos e uma nutricionista.

Em 25 de abril de 1998 é criada a UNICOTON – Cooperativa dos Produtores
de Algodão do Sudeste do Mato Grosso, abrangendo produtores de algodão de Primavera do Leste, Campo Verde, Dom Aquino, Rondonópolis, Poxoréu, Paranatinga, Nova Brasilândia, General Carneiro e Novo São Joaquim. A missão da UNICOTON é estabelecer convênios com instituições públicas e privadas, de cooperação tecnológica, financeira, treinamento de produtores e implantação de sistemas modernos de administração.
Com incentivo do FACUAL – Fundo de Apoio à Cultura de Algodão do
Estado de Mato Grosso foi firmado convênio para pesquisa de variedades do algodoeiro com a COODETEC – Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico Ltda.Possui também convênio com o INDEA MT – Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso, que instalou a primeira sala de classificação visual no interior do
estado, anexo ao prédio da UNICOTON em Primavera do Leste. Trabalha em parceria com a Cyanamid Química do Brasil que patrocinou a aquisição e instalação dos equipamentos de classificação HVI.

Conta, atualmente, com 32 produtores associados participando com 6,5% da
área plantada no Brasil, mas representa 13% da produção nacional de pluma. Isto devido a alta produtividade e qualidade de suas lavouras que produzem 82% de algodão dos tipos 5, 5/6 e 6.

Por essa qualidade, em setembro de 1999 obteve o certificado ISO 9002.
Esses são alguns dos grandes empreendimentos realizados por empresários que acreditaram em Primavera do Leste. Muitos outros mereceriam destaque, inclusive as empresas de pequeno porte que acabam, de certa forma, dando suporte às empresas maiores. Todas juntas fazem o crescimento desta cidade.

Tudo isso faz com que Primavera do Leste seja uma cidade pólo de Mato
Grosso, destacando-se, de acordo com o Diário Oficial de 30/07/99, como 4ª Economia do Estado.

Evolução política

Nas eleições de 1978, o Sr. Lindolfo Trampusch concorreu para vereador, pelo PMDB, apoiado pelas famílias Donin, Otonelli, Bayer e Mozart. Tendo perdido as eleições retorna em 1982, concorrendo ao pleito, novamente pelo PMDB, onde foi eleito vereador, MT tornando-se o representante do Distrito de Primavera na Câmara de Vereadores de Poxoréu.

Nesta mesma eleição também concorre o Sr. Darci Luiz Scopel, porém, este não é eleito.

Em outubro de 1983 é instalada a Sub-Prefeitura no Distrito, amenizando um
pouco as dificuldades, pois nesta passaram a ser prestados apenas alguns serviços como:
cadastramento de imóveis, recolhimento de impostos e licenças para funcionamento (alvarás, correspondências, etc.).

A necessidade de uma administração própria levou o Distrito de Primavera a
mobilizar-se e a organizar uma Comissão de Emancipação. A comunidade reuniu-se no Salão Paroquial no dia 24-08-1984, em Assembléia Geral, presidida pelo então vereador de Poxoréo, Sr. José Fernando Barbosa. Nessa Assembléia foram eleitos, para representar a comunidade, uma comissão composta pelos senhores Antônio Ravanello, Adevino Castelli, Waldomiro Riva, Nelson Marcon, Sestílio Segundo Frison, Darnes Egydio Cerutti, Milton João Braff, Wilson Daltroso, Darci Coradini, Jandir Campos, AdelirFormiguieri, José Fernando Barbosa, Darci Luiz Scopel, Atílio Reginato, Alcides Lazaretti, Mauro WendelinoWeis, Itacir Piana Pinto, Sebastião Patrício, Walmor Luchese, Sérgio Cadore, Mauri Petry, Alfredo Brachina, Ailton Nogueira da Silva, Jorge Francisco Mira, Carlos Marcon e YoitiTabata. Nessa mesma assembléia foi escolhido o Sr. Darnes Egydio Cerutti para presidir a comissão. Assim deu-se início a luta em prol da emancipação do Distrito de Primavera.

Nesse ano de 1984, a arrecadação da Exatoria Estadual de Primavera, no
período de março à novembro foi de CR$ 1.602.778.853,00 (hum bilhão e seiscentos e dois milhões e setecentos e setenta e oito mil e oitocentos e cinqüenta e três Cruzeiros), sendo que destes 80% ficava para o Estado e 20% retornava ao município de Poxoréu, conforme ofício nº 030/84 enviado pelo então exator chefe, Sr. José Dias Coutinho Filho, à Comissão de
Emancipação em 30-11-1984.

Um fato importante para a história de Primavera é que estão registrados, nas
atas de 1984, 1985 e 1986, do Rotary Club de Primavera, entidade fundada em 1984, todos os passos dados pela Comissão de Emancipação, tanto as dificuldades como as vitórias. Isto porque, senão todos, a maioria dos membros da comissão eram membros do Rotary também, e as reuniões rotárias eram utilizadas para por todos os membros a par dos assuntos pró-emancipação.

Na ata n.º 02 de 20-06-1985, da Comissão de Emancipação, encontra-se
registrada a escolha do nome do futuro município, tendo sido aceito por unanimidade o nome de Primavera D’Oeste. Porém, na ata n.º 03 de 27-06-1985 consta que o nome de Primavera D‘Oeste foi rejeitado pela Comissão de Emancipação da Assembléia Legislativa Estadual, sob a alegação que estava incorreto em relação a capital Cuiabá. Foram então sugeridos três nomes alternativos para serem apresentados à assembléia: Primavera do Leste, Nova Primavera e Alto Primavera. Foi aceito o nome de Primavera do Leste.

O plebiscito da emancipação foi marcado para 21-04-1986 e a Ata Final de
Apuração da 5ª Zona de Poxoréu registra o número de eleitores aptos a votar como sendo 1.142.

Destes, votaram 741 eleitores e o número de votos favoráveis ao desmembramento foi de 704, conseguindo assim a emancipação de Primavera do Leste. Em 13 de maio de 1986, através da Lei Estadual nº 5.014, é criado o município de Primavera do Leste, desmembrado dos
municípios de Poxoréu, Cuiabá e Barra do Garças. Esta Lei foi publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, na página 13, do dia 13 de maio de 1986.

Nesse mesmo ano houve eleição para prefeito e vereadores em Primavera do
Leste. Concorreram para prefeito o Sr. José Fernando Barbosa pelo PFL – Partido da Frente

Liberal – e o Sr. Darnes Egydio Cerutti pelo PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Venceu as eleições o Sr.Darnes com uma diferença de 66 votos, e tomou posse em 01-01-1987 para um mandato tampão de dois anos, período em que foi dada a arrancada definitiva para o progresso da cidade.

Sem nenhuma dotação orçamentária e nem arrecadação tributária, a Prefeitura e a Câmara Municipal se instalaram em um prédio alugado a fim de iniciar os primeiros investimentos estruturais do novo município.

SÍMBOLOS MUNICIPAIS (+)

PRIMEIRA LEGISLATURA – 1987 À 1988 (+)

SEGUNDA LEGISLATURA – 1989 À 1992 (+)

TERCEIRA LEGISLATURA – 1993 À 1996 (+)

QUARTA LEGISLATURA – 1997 À 2000 (+)

QUINTA LEGISLATURA – 2001 À 2004 (+)

SEXTA LEGISLATURA – 2005 À 2008 (+)

SÉTIMA LEGISLATURA – 2009 À 2012 (+)

OITAVA LEGISLATURA – 2013 À 2016 (+)

NONA LEGISLATURA – 2017 À 2020 (+)

INSTITUTO MEMÓRIA (+)

LEI Nº 1.053 DE 08 DE MAIO DE 2008 (+)